A infertilidade feminina é uma condição que afeta muitas mulheres em idade reprodutiva e pode ser causada por diversos fatores. Quando um casal tenta engravidar sem sucesso por um período de pelo menos 12 meses, é recomendado buscar uma avaliação médica para identificar possíveis causas e opções de tratamento.

Neste artigo, exploraremos suas principais causas, como identificá-las e quais são os tratamentos disponíveis.

1. Distúrbios ovulatórios

Os distúrbios ovulatórios são uma das principais causas de infertilidade feminina. Quando a ovulação não ocorre regularmente ou está ausente, a concepção se torna muito mais difícil. Algumas condições que podem afetar a ovulação incluem:

• Síndrome dos ovários policísticos (SOP): Uma condição caracterizada por desequilíbrio hormonal que interfere na ovulação regular. Além da infertilidade, pode causar irregularidade menstrual, acne e aumento de pelos corporais.
• Insuficiência ovariana prematura: Quando os ovários param de funcionar antes dos 40 anos, reduzindo significativamente a fertilidade. Isso pode ser causado por fatores genéticos, doenças autoimunes ou tratamentos médicos como quimioterapia e radioterapia.
• Hiperprolactinemia: O excesso de prolactina, hormônio responsável pela produção de leite materno, pode interferir na ovulação. Pode estar associada a tumores benignos na hipófise ou ao uso de determinados medicamentos.
• Distúrbios da tireoide: Tanto o hipotiroidismo quanto o hipertireoidismo podem afetar a ovulação e a fertilidade. O equilíbrio dos hormônios tireoidianos é responsável pelo funcionamento adequado do sistema reprodutivo.

2. Problemas nas trompas de Falópio

É nas trompas de Falópio onde ocorre o encontro entre o óvulo e o espermatozóide. Qualquer bloqueio ou dano pode impedir essa união. Algumas causas de problemas tubários incluem:

• Doença inflamatória pélvica (DIP): Infecção geralmente causada por bactérias sexualmente transmissíveis, como clamídia e gonorreia. Se não tratada, pode gerar cicatrizes e obstruções nas trompas.
• Endometriose: O crescimento anormal do endométrio fora do útero pode causar cicatrizes e obstrução das trompas, além de provocar dores intensas e ciclos menstruais irregulares.
• Cirurgias pélvicas anteriores: Procedimentos cirúrgicos, como a remoção de miomas, podem levar à formação de aderências que afetam a passagem do óvulo.

3. Problemas no útero

Alterações na anatomia ou na função uterina também podem impactar a fertilidade. Algumas das principais causas são:

• Miomas uterinos: Tumores benignos que podem deformar a cavidade uterina e dificultar a implantação do embrião. Dependendo do tamanho e da localização, podem ser removidos cirurgicamente.
• Pólipos endometriais: Pequenos crescimentos no endométrio que podem afetar a fertilização e aumentar o risco de abortamento.
• Malformações uterinas congênitas: Algumas mulheres nascem com anomalias no formato do útero, como útero septado, que pode dificultar a gestação.
• Síndrome de Asherman: Presença de aderências no endométrio, geralmente após procedimentos cirúrgicos como curetagem. Essa condição pode causar falhas na implantação embrionária.

4. Endometriose

A endometriose ocorre quando o tecido que reveste o útero cresce fora dele, causando inflamação e cicatrizes que podem comprometer a ovulação, obstruir as trompas de Falópio e prejudicar a implantação do embrião. Além disso, pode provocar dor intensa durante a menstruação e as relações sexuais, além de sintomas gastrointestinais.

5. Idade materna avançada

A partir dos 35 anos, a reserva ovariana diminui, reduzindo as chances de gravidez natural. Além disso, a qualidade dos óvulos também se deteriora, aumentando o risco de abortos espontâneos e alterações genéticas. Por isso, muitas mulheres optam pelo congelamento de óvulos para preservar a fertilidade futura.

6. Fatores hormonais

O desequilíbrio hormonal pode interferir na ovulação, na espessura do endométrio e na implantação do embrião. Além das condições já mencionadas, outros fatores hormonais que podem impactar a fertilidade incluem:

• Resistência à insulina: Comum em mulheres com SOP, pode afetar a ovulação e a receptividade uterina.
• Baixos níveis de progesterona: Sua deficiência pode dificultar a fixação do embrião no útero.

7. Fatores relacionados ao estilo de vida

Alguns hábitos podem impactar diretamente a fertilidade, como:

• Tabagismo: Reduz a qualidade e a quantidade de óvulos, além de aumentar o risco de aborto espontâneo.
• Consumo excessivo de álcool: Pode interferir nos hormônios reprodutivos e afetar a saúde do embrião.
• Obesidade ou baixo peso: Ambos os extremos podem desregular a ovulação e dificultar a gravidez.
• Estresse excessivo: Afeta a produção de hormônios essenciais para a fertilidade e pode levar à ausência de ovulação.
• Exercícios físicos em excesso: A prática intensa de atividades físicas pode levar a distúrbios hormonais e interromper a ovulação.

Diagnóstico e tratamento

Para identificar a causa da infertilidade, exames como ultrassonografia, dosagens hormonais e exames genéticos podem ser solicitados. O tratamento varia de acordo com a causa e pode incluir:

• Indução da ovulação: Uso de medicamentos para estimular a ovulação.
• Cirurgias: Para remoção de miomas, endometriose ou correção de aderências.
• Fertilização in vitro (FIV): Indicado para casos mais complexos, nos quais outras abordagens não tiveram sucesso.
• Mudanças no estilo de vida: Alimentação equilibrada, controle do peso e redução do estresse podem melhorar significativamente as chances de concepção.

Infertilidade não Significa uma Vida sem Filhos

A infertilidade feminina pode ter diversas causas. Identificar o problema precocemente e buscar tratamento adequado aumenta significativamente as chances de uma gestação bem-sucedida!

Se você está enfrentando dificuldades para engravidar, marque sua consulta para avaliarmos suas condições e encontrar a melhor abordagem para seu caso. Lembre-se de que a ciência tem avançado constantemente, oferecendo novas possibilidades para quem sonha em ter filhos!